Gestão rural por contexto: governança e sucessão
Com a complexidade, fragilidade e ambiguidades do cenário atual do mercado, as propriedades rurais têm aderido à inteligência corporativa, criando a gestão rural estratégica por contexto. Este é um conteúdo exclusivo, produzido para edição 36 da Revista Agrocampo.
Essa forma de gerir leva em consideração as características específicas de um determinado ambiente agrícola, bem como os objetivos e recursos disponíveis para tomar decisões estratégicas, reconhecendo que não existe uma solução única para a gestão de propriedades rurais, pois cada contexto agrícola tem suas próprias condições climáticas, geográficas, socioeconômicas e culturais.
Entre os elementos importantes da gestão rural estratégica por contexto, estão:
• A avaliação do contexto onde a propriedade rural está inserida: clima, solo, disponibilidade de recursos hídricos, condições de mercado, regulamentações governamentais e características da comunidade local;
• A definição de objetivos claros e realistas, desde metas de produção, financeiras, ambientais a sociais;
• Monitoramento e avaliação: mensurar o progresso em relação aos objetivos estabelecidos por meio de coleta de dados, análise de resultados e avaliação do desempenho – o que permite ajustes no plano estratégico;
• O envolvimento da comunidade: sejam parcerias com agricultores locais, cooperativas ou o cumprimento de regulamentações ambientais que afetam a comunidade;
Quando falamos em objetivos, há condições e recursos disponíveis no contexto específico que requer maior atenção e cuidado. O plano estratégico, por exemplo, além de contar com ações específicas, prazos, responsabilidades e um orçamento, também exige adaptabilidade e flexibilidade.
Mesmo a cultura do agronegócio sendo conservadora, onde a nova geração enfrenta dificuldades para aplicar a inovação e rever processos com o fundador, ajustar as práticas de produção, as estratégias de marketing ou as metas financeiras em conjunto, tende a promover melhor uso de recursos, sejam financeiros, humanos, equipamentos, insumos ou ambientais. Identificar e avaliar esses recursos é crucial junto aos sucessores com uma cultura inovadora, mas dentro da sua realidade.
Para que a nova geração esteja apta, a profissionalização dos recursos humanos demanda um plano de governança no contexto rural que alinhe e projete como a propriedade ou empresa agrícola é /será administrada e como serão as tomadas de decisões. Bem como, à medida que as operações agrícolas crescem, em tamanho e complexidade, se faz necessária a contratação de gerentes profissionais, e a governança deve definir como esses gerentes interagem com os proprietários.
Além disso, a governança eficaz requer transparência na contabilidade e nas operações para evitar conflitos e garantir que todos os interessados tenham visibilidade das finanças e das decisões.
Note o quanto é importante planejar a governança e sucessão com antecedência para garantir a continuidade das operações e evitar conflitos familiares.
Aqueles que estão destinados a assumir a propriedade devem ser preparados adequadamente. Isso inclui educação, treinamento, experiência prática e entendimento da cultura transgeracional.
E é nesse contexto que entra o nosso trabalho. Mediamos e criamos uma construção de diálogo e entendimento entre as gerações, constituindo um novo saber e novas rotinas pensadas nos resultados financeiros e em realinhar afetos entre o fundador e o herdeiro.
Através da nossa plataforma digital damos suporte a empresas do agronegócio e propriedades rurais, preparando-os para enfrentar os desafios da agricultura moderna e garantir a sustentabilidade de suas operações agora e no futuro.
Esse método utilizado de forma híbrida, após o diagnóstico presencial, reduz custos – sejam de deslocamento ou tempo de trabalho -, agiliza processos, dinamiza ações e possibilita que o agricultor acesse treinamentos a hora que desejar no seu celular, computador ou tablet.
Novos tempos exigem novas ações que tragam agilidade, objetividade, otimização de recursos e rentabilidade.